COVID-19 e as mudanças no e-commerce

Jan 28, 2021

Não é novidade que a pandemia mudou o mundo. Hábitos de consumo foram revistos e o comportamento de compra se transformou.
No Brasil, com as lojas físicas fechadas em diversas cidades, o jeito foi acessar as lojas online. E isso aconteceu já nas primeiras semanas em que o isolamento social foi anunciado. As vendas de setores ainda pouco explorados no e-commerce como saúde, alimentos e bebidas tiveram seus números duplicados em março de 2020. E houve a consolidação de produtos que já eram comuns no online: eletrônicos e brinquedos.
A transformação digital cresceu numa aceleração alta. O faturamento foi de R$ 27,3 bilhões no e-commerce nacional (71% maior que o mesmo período de 2019)*.

O que houve com os preços e estoques no e-commerce
A empresa Lett analisou 182 lojas e 5,8 mil produtos em alimentos e bebidas, bebês, beleza e perfumaria, cuidados diários, petshop, saúde e utilidades domésticas. A procura por alguns produtos aumentou e os preços também sofreram alterações.
Quanto ao estoque, houveram momentos difíceis no início da quarentena. Lojistas e distribuidores não conseguiam atender a alta demanda.

Mudança de hábitos de navegação
Olhando agora, o comportamento de navegação online pode ser dividido em dois períodos: pré e durante a pandemia. O isolamento social fez com que as pessoas tivessem mais tempo livre para outras atividades, entre elas, as compras. O tráfego nos sites passou a ser assim: com picos entre 13h-14h e 17h-19h durante o dia. À noite, os acessos seguiram altos, o que era diferente antes da pandemia. Ou seja: o varejo virtual se tornou uma forma de distração para as pessoas.

Horários para comprar
Através de uma análise feita nas visitações aos sites, pode-se ver que o período da manhã é o mais utilizado para acessar e-commerces. Já os pedidos online vêm sendo realizados a partir do meio-dia. Mas a maioria das conversões acontece mais tarde, entre 14h e 17h, e das 19h em diante, finalizando as compras.

Quantos pedidos?
No início do isolamento social, o brasileiro ficou com medo e reduziu muito o consumo online na maioria dos segmentos de e-commerce. Mas, no decorrer da quarentena, e com os comércios físicos fechados, as vendas online subiram muito. O crescimento acumulado foi de 47% em abril.**

Análise por gênero
Nesta quarentena, as mulheres tiveram maior representatividade nas compras online. Elas são a maioria em sete das nove categorias de produtos: beleza, eletrodomésticos e eletroportáteis, farmácia e saúde, livraria, moda e acessórios, moda infantil e multicategoria. Os homens já consomem outras categorias: bebidas, eletrônicos e informática.

Análise por geração
Os millennials foram os que mais aumentaram a quantidade de compras online neste período. 39% deles recorreram mais ao comércio eletrônico, nas seguintes idades: 30% dos consumidores entre 35 e 54 anos, e 24% acima dos 55 anos. E as redes sociais também estão servindo para compras e entretenimento. Houve aumentos no uso do TikTok (+35%), Instagram (+69%) e YouTube (+87%).***

Consumidores novos
A crise trouxe novos consumidores. O número de pessoas que aumentaram as compras via internet subiu de 19% para 34%. ****
O fato é que é preciso reter essas pessoas pós-pandemia com estratégias do canal e um investimento focado neste objetivo.

O e-commerce segue
Sete em cada dez brasileiros afirmam que pretendem continuar comprando online mesmo com o fim da quarentena. Foi constatado que 52% estão comprando mais em lojas virtuais e aplicativos durante o isolamento social e que 80% estão satisfeitos com a experiência.*****

A conclusão é que o avanço da Covid-19 mudou profundamente o comportamento do consumidor. E a sua empresa está olhando para isso e se movimentando para surfar na onde e manter a maré alta? Está preparada para garantir uma boa experiência de compra para o cliente? Conte conosco para que isso aconteça.


* segundo a Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado.
** segundo a Konduto e da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).
*** segundo estudo conduzido pela consultoria Kantar,
****segundo a consultoria Kantar, no relatório Consumer Thermometer #6
***** segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, que ouviu mil consumidores em todo o país.